quarta-feira, 8 de junho de 2011

Comendo capim pela raiz

Capitulo VI - Final 

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Não tinha ideia do que iriam fazer comigo, eles já tinham a faca e o queijo na mão , se eu morresse lá , já tinha até o caixão preparado. Assim que o Mindinho me puxou pelo braço bati a perna quebrada na tampa do caixão, cai de joelhos, nesse momento Mindinho suavemente me meteu uma joelhada na cabeça que fez meu corpo rodar e cai deitado de costas, minha cabeça girava, meu olho não conseguir manter foco em coisa alguma, aquilo foi um nocaute muito bem dado senti que estava apagando quando a ruivinha gritou.
-Guto!!! – Voltou o olhar para o namorado e disse- Rodolfo você já fez o bastante deixa ele ir .

                  
                      Pronto agora eu apago de vez...

Claro que ele não gostou nada dessa atitude e enfiou um tapa na cara da menina, isso me fez entender porque ela procurou outro, bater em mulher é algo que não se faz em hipótese alguma. Sorte minha que ,o que restava de dignidade do delegado surgiu a tona naquele momento.

-Ô viadinho! Se controla cacete! – Nessa fala o playboy já fechou a cara chegou até onde meu corpo estava estendido e chutou minhas costelas com uma força que não pensei que ele tinha, ou simplesmente eu estava debilitado demais, mas porra apanhar dois dias seguidos de um afeminado daqueles era o fim.


Nesse momento a menina grita de novo pedindo que ele pare, ele volta furioso pra cima dela, o delegado começa a ficar nervoso com a situação,  empurra os dois, Mindinho nesse momento parte pra cima do delegado, que puxa a automática novamente e descarrega  naquela montanha de músculos.
Ouvi seis tiros e a única coisa que pensei foi :”É grandão , tu num tem peito de aço”. Sinto o baque do corpo do segurança no chão, essa foi rápida. Isso me fez acordar daquele estado critico, mas meu corpo ainda não respondia. O playboy e a ruivinha estavam parados na frente do delegado, foi quando eu vi a cena mais idiota ou louca do mundo. Rodolfo puxou a mão do delegado  para  desarma-lo , mas infelizmente levou um soco no nariz e um tiro no pé.

-Seu playboy do caralho! Só não te mato pelo seu pai !



                 
                                   

Sem mudar de expressão o delegado veio na minha direção bufando de raiva encostou o cano da arma no meu rosto que foi queimado pelo calor do cano de uma arma recém-descarregada. Levantou um pouco, pude ver ele em pé de ponta cabeça, pois estava deitado no chão e o olhava direcionando a arma pra mim. Naquele momento já sabia o que me esperava enquanto olhava o rosto quase gordo e barbudo do delgado , coberto pelo sol . Os três integrantes ainda vivos olhavam a cena sem sequer esboçar qualquer tipo de pensamento. Todos estavam no suspense da situação esperando a ação final do delegado.

Foi então que tudo veio à tona e enquanto eu sentia o nó apertar na garganta, sem possibilidade se quer de implorar pela vida o marido traído descarregou o que sobrou no pente da automática no meu peito, devo ter sentido pelo menos três pontadas fortes e quentes , um pouco pior que uma picada de marimbondo nesse momento sabia que não teria nada de paraquedas ou montanha russa sentimental, senti um calor no meu peito e minha visão foi apagando enquanto o delegado dizia para o mauricinho :

- Agora enterre os dois corpos nessa vala aí que já sujei minha mão demais.....

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